Celso Amorim indica que medida seria ‘coerente com os princípios humanitários e de direito internacional’ que o Brasil defende
“O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional. Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial”, diz o governo brasileiro.
Além disso, o Brasil estuda a possibilidade de romper relações militares com o governo de Israel, segundo informações da Agência Brasil. Ao veículo, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, disse que a medida seria “coerente” com os princípios que o país adota.
“Pessoalmente, acredito que a escalada dos massacres em Gaza, que constituem verdadeiro genocídio com milhares de civis mortos, incluindo crianças, é algo que não pode ser minimizado. O Brasil precisa, inclusive, por meio das medidas apropriadas, ser coerente com os princípios humanitários e de direito internacional que sempre defendeu", declarou
Amorim, que já chefiou o Itamaraty e é o principal conselheiro de Lula em assuntos de política externa, recebeu nesta semana um grupo de parlamentares da base governista que pediram o rompimento de todas as relações diplomáticas e comerciais com Israel.
A crise em Gaza já fez com que o Ministério da Defesa, no início deste ano, cancelasse uma compra de blindados israelenses.
As medidas do governo brasileiro refletem a relação ruim entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Por fortes críticas feitas aos ataques de Israel na Faixa de Gaza, Lula já foi declarado “persona non grata” pelo governo do país do Oriente Médio.
Fonte: O Tempo
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